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Minerar Bitcoin é sustentável? Entenda o Acordo de Criptografia sobre o clima

O dinheiro, para ser produzido, precisa ser impresso, já uma criptomoeda existe apenas no mundo digital, não tem forma física. Para que exista um bitcon é preciso que aconteça o processo de mineração, porém esse processo tem sido alvo de muitas críticas devido ao impacto ambiental. 

No que consiste a mineração de criptomoedas

A mineração de criptomoedas ocorre na blockchain, um sistema base para cripto ativos. A blockchain é um sistema de pedaços de códigos, isto é, blocos interligados na rede. Esses blocos contêm os dados e todas as informações ficam registradas nele, inclusive as transações de criptomoedas. 

O processo de mineração consiste em verificar se a informação que foi apresentada em um desses blocos é verdadeira ou não. Se for constatada que a informação é verdadeira, então o bloco é incorporado à rede e ganha um código de criptografia. 

Para garantir que a informação é verdadeira, o minerador precisa resolver um problema matemático, isto é, um algoritmo. Se ele conseguir resolver o algoritmo, é verificada a veracidade da informação. Após o processo de validação das informações, as transações podem ser realizadas e o minerador, por ter contribuído para que o processo finalizasse, recebe uma recompensa pelo seu trabalho. Atualmente, para validar uma transação de bitcoin, o minerador recebe uma recompensa de 6,25 bitcoins.  

Porém, com o passar do tempo, a recompensa tem diminuído. Isso porque o bitcoin é limitado, tem uma quantia já definida, portanto é preciso controlar o que é colocado no mercado, e já que as recompensas são bitcoins, esses valores têm que ser controlados, por isso cada vez mais a recompensa tem diminuído. 

Antigamente, como a procura para minerar era pequena, o algoritmo era mais fácil de ser resolvido e os computadores não precisavam ser tão potentes, podiam ser feitos de forma individual. Hoje em dia, porém, com a grande demanda, a resolução do algoritmo teve que se tornar mais difícil. Existem até empresas especializadas em resolver o algoritmo. Entretanto, não é preciso ter uma empresa com milhares de computadores para decifrar o enigma. É possível realizar a mineração com a união de pessoas, os chamados pools (consórcios), a fim de aumentar a capacidade dos computadores e resolver o problema.

A questão é que o algoritmo é muito difícil de resolver e demanda computadores específicos, pois funciona no modo “tentativa e erro”. Por isso, quanto mais computadores estiverem engajados na solução do algoritmo, mais fácil será encontrar a resposta correta. Entretanto, quanto mais computadores potentes estiverem envolvidos na resolução, maior será o consumo de energia. 

 Processo de mineração e gasto de energia

O processo de mineração para resolução do algoritmo envolve vários mineradores competindo entre si ao mesmo tempo para encontrar a solução do problema. O primeiro que confirma a transação é o que recebe a recompensa. Isso requer muita energia, muitos mineradores e máquinas focadas para resolver o algoritmo, ou seja, o processo individual tem um alto consumo de energia. Porém, o consumo de energia para que ocorra mineração varia de acordo com o volume de transações verificadas no mês.

Até então a China era a maior mineradora de bitcoin e usava o carvão como principal fonte energética. Porém, dados da Universidade de Cambridge, que monitora a mineração e os custos energéticos, informam que a China perdeu espaço na mineração. Depois de várias restrições referentes a criptomoedas ao longo do ano de 2021, a China perdeu o posto de países que concentram a mineração de bitcoin. Atualmente, o país que lidera são os Estados Unidos. 

Efeitos no meio ambiente

Pensar que só a mineração é o grande vilão do consumo de energia é um erro. Atualmente, o consumo de energia para mineração de bitcoin equivale a menos de 0,6% do consumo mundial. A mineração de ouro consome muito mais energia. 

Mas não é porque o consumo não é superior ao do ouro que as empresas não vão se preocupar com o consumo de energia. O setor de criptomoedas tem crescido muito nos últimos anos, logo espera-se que esse consumo aumente ainda mais. E, é claro, quanto mais o preço do bitcoin subir, maior será o consumo energético. 

Acordo de Criptografia sobre o Clima

Preocupados com o consumo de energia e o quanto ele pode aumentar, foi criado, pelas empresas do setor privado, sem interferência do governo, o Acordo de Criptografia sobre o Clima. O objetivo do acordo é fazer com que todas as cidades mudem o modelo de energia atual para o de energia renovável até 2030, a fim de zerar a poluição climática. O acordo também prevê criar um software que verifique quanto de energia renovável é utilizada na blockchain. 

O acordo ainda prevê três objetivos provisórios que precisam ser finalizados. São eles: 

  • desenvolver um código aberto para medir as emissões da indústria de criptomoedas; 
  • permissão para que todas as blockchains do mundo sejam alimentadas com fontes 100% renováveis; 
  • atingir metas de emissão zero na indústria de criptografia até 2040. 

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