A criptografia precisa de ferramentas para transmitir as mensagens de forma segura, sem interceptação. Isso também vale para os criptoativos: as negociações são feitas com trocas de dados lidos somente por quem envia e para quem recebe. É aí que entram as funções de hash.
Basicamente, as funções de hash transformam dados, como arquivos, senhas e informações, em uma mensagem com um conjunto de caracteres que misturam números e letras (alfanuméricos). Assim, a mensagem é codificada e só pode ser lida por quem tem a “receita” para entendê-la.
Algoritmos, checksums e base hexadecimal
Antes de irmos às funções de hash, vamos explicar o que cada um desses (e outros) termos significam. Lembra da “receita” para entender as mensagens codificadas? Ela é o algoritmo: no mundo da computação, ele representa as instruções que os programas devem seguir para realizar determinadas tarefas.
Nas funções de hash, os algoritmos fazem o trabalho de cifrar os dados. Quando chegam ao destino, eles são desembaralhados pelos checksums, códigos que verificam a integridade dos dados. Depois, as transações são finalizadas no blockchain, com toda a segurança.
O hash é representado por uma série de caracteres em base hexadecimal, que usa números de 0 a 9 e letras de A a F. Ele é organizado em um grupo de 4 caracteres, chamado nibble. As mensagens aparecem sempre em um conjunto formado por grupos de 4 letras e números.
Como organizar os dados?
A quantidade de informações que circulam no blockchain é absurdamente grande. Para esses dados trafegarem, chegarem ao destino e serem compreendidos, precisam ser organizados de forma que seja fácil identificá-los. É onde entra a tabela hash (também conhecida como tabela de espalhamento).
Imagine uma planilha com várias entradas para dados diferentes. Há a necessidade de organizá-los para facilitar a busca. A função hash criptografa os dados iniciais e os espalha para a tabela na organização estipulada. Assim, ajuda a localizá-los.
Uma função hash criptográfica embaralha os dados, insere-os em uma tabela hash e usa o checksum para fazer a leitura. É praticamente impossível revertê-la, ou seja, somente quem tem o checksum da função sabe qual é a mensagem original.
Funções de hash
Há várias funções de hash disponíveis. Elas variam na quantidade de bits e em como eles se organizam. Entre as mais conhecidas, estão: MD5, SHA (e variações) e RIPEMD (e variações).
MD5
Produz valores de hash de 128 bits, escritos em 32 caracteres. Surgiu em 1992 com o propósito de ser usada na criptografia, mas sofreu ataques hackers e foi descontinuada. Entretanto, é usada como checksum para a verificação de dados.
Um dos grandes usos da MD5 é no aplicativo de banco de dados Hashkeeper. O algoritmo organiza dados para ajudar na perícia de computadores, especialmente para analisar discos em processos judiciais, tornando o trabalho mais rápido e prático.
SHA
Secure Hash Algorithms (SHA) foi desenvolvido pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. As variantes mais usadas são SHA 2-256 e SHA 2-512, que geram sequências de dados de 32 e 64 bits, respectivamente. Esses algoritmos são uns dos mais seguros e usados.
RIPEMD
É uma evolução de MD5, desenvolvido por um grupo europeu. Não é tão comum quanto SHA, mas as versões RIPEMD 128 e 160 são tão seguras quanto. Esse algoritmo é bastante usado em negociações feitas em Bitcoin ou moedas derivadas.
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