Os sistemas econômicos não são descentralizados. Pelo contrário, eles são centralizados. Isso porque eles são controlados por uma autoridade central que é responsável por ditar todas as regras e fiscalizá-las para verificar se estão sendo seguidas.
Já no mundo das criptomoedas não existe essa centralização, mas sim a descentralização, que é um modo de administração que se caracteriza pela transferência de responsabilidades e competências de um poder central para diversas instâncias periféricas.
Isso quer dizer que, no mundo das criptomoedas, não existe um poder central que decide tudo e impõe as regras. Elas não são fiscalizadas por nenhum tipo de órgão.
Como o Bitcoin é administrado?
O Bitcoin é uma criptomoeda administrada pelos seus próprios usuários por meio da tecnologia blockchain. Seu funcionamento é 24 horas por dia, 7 dias por semana, de forma descentralizada.
Para entender a forma descentralizada da moeda você precisa compreender como surgiu o Bitcoin e o seu funcionamento.
Como surgiu o Bitcoin?
O Bitcoin surgiu no dia 21 de outubro de 2008. Nesse dia, o criador da criptomoeda, sob pseudônimo Satoshi Nakamoto, enviou um e-mail para uma lista de pessoas interessadas em criptografia. No corpo do e-mail, ele relatava que estava trabalhando em um novo sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer (ponto a ponto), sem envolvimento de terceiros.
Nesse mesmo e-mail, enviou o link de um white paper, isto é, um manual da criptomoeda. No manual, Satoshi descreveu os fundamentos do Bitcoin. Esses fundamentos eram baseados em quatro pontos:
- Peer-to-peer: essa rede evita o gasto duplo, isto é, impossibilita enviar as mesmas moedas mais de uma vez.
- Descentralização: a moeda digital não tem intermediários, como bancos ou governos.
- Anonimato: essa rede permite o anonimato dos participantes.
- Mineração: usa a Prova de Trabalho, isto é, um algoritmo para gerar o Bitcoin e evitar o gasto duplo.
Nakamoto também informou no manual que o Bitcoin teria oferta finita, isto é, só teria 21 milhões de unidades a serem mineradas, nesse sentido, o último bloco seria minerado até 2.140. E tudo isso aconteceria na rede blockchain.
O que é a blockchain?
A tecnologia blockchain é um tipo de livro contábil no qual é feito o registro de uma transação da moeda virtual de forma confiável e imutável. Logo, na blockchain ficam registradas todas as informações, como a quantia de bitcoins em uma operação, quem enviou, quem recebeu, a data da transação e em qual livro ela está registrada. Todo esse processo mostra uma das principais características da blockchain: a transparência.
Todas as informações são armazenadas em blocos. Esses blocos são marcados com registro de tempo e data. A cada 10 minutos, é formado um novo bloco de transações ao qual se liga ao bloco anterior.
Cada bloco depende um do outro e, juntos, formam uma cadeia de blocos. Por isso, o nome blockchain.
Como a blockchain é formada?
A rede blockchain é formada por mineradores. A função deles é verificar e registrar todas as transações nos blocos. Para os mineradores realizarem esse processo, é necessário que eles emprestem o poder computacional para a rede. Para o trabalho que eles realizam, é fornecida uma recompensa como forma de incentivo para que eles continuem trabalhando na rede. Toda vez que realizam uma operação, eles são recompensados com moedas digitais.
Para que uma transação seja adicionada ao bloco, a maioria da rede tem que concordar com a transação, isto é, a rede precisa concordar que a transação é correta e legítima. Essa concordância se chama consenso na rede blockchain, pois o sistema descentralizado precisa alcançar o consenso entre os participantes.
Muitas pessoas não entendem esses mecanismos de consenso, pois não compreendem como funciona uma rede descentralizada.
Primeiramente, você tem que entender que a blockchain não se refere somente ao Bitcoin. Desde que foi criada a rede, os desenvolvedores começaram a trabalhar para melhorar o processo da blockchain e isso resultou em várias formas de consenso de redes descentralizadas.
Essas formas de consenso têm, cada uma, suas particularidades, porém, de modo geral, funcionam assim: qualquer tipo de informação, operação ou transação que entra na rede precisa ser armazenada em um bloco.
O minerador que fará o processo de armazenar essa informação precisa realizar a validação. Essa validação é feita por meio do algoritmo da sua rede conforme suas regras. Logo que ele valida, os mineradores precisam aprovar e fazer as cópias desse dado. Quando esse processo é finalizado, o bloco é armazenado na blockchain.
Todo esse processo se resume no termo descentralização, já que não existe uma pessoa responsável por ele, mas sim uma rede de usuários.
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