close up hands typing on keyboard 2 scaled

Derivativos e criptomoedas: tudo que você precisa saber

O que são derivativos? Como o próprio nome diz, derivativo significa derivado, isto é, no mercado financeiro os derivativos são um instrumento no qual o preço é derivado do preço de um outro ativo, de uma taxa de referência ou índice de mercado. 

Esses derivativos podem ser de ativos físicos, como ouro, soja, café, commodities ou podem ser ativos financeiros, como moedas digitais, ações e taxas de juros. 

Esses investimentos são usados como um instrumento com o intuito de mitigar riscos e aumentar lucros. É um contrato financeiro, entre duas partes ou mais interessados, no qual é celebrado um contrato no presente, porém com o compromisso no futuro. 

Eles são negociados em forma de contratos padronizados, com tudo especificado, como qualidade, quantidade, prazo de liquidação e forma de cotação do ativo referente ao qual as negociações serão efetuadas, em mercados organizados, com o intuito de proporcionar aos agentes operações que permitam a transferência de risco da volatilidade dos preços dos ativos, pois a variação dos preços dos ativos é muito rápida. Portanto, o mercado de derivativos é uma tentativa de driblar a possibilidade de prejuízo. 

No mercado, existem duas partes envolvidas nas operações: uma parte é a compradora e a outra a vendedora. Ambas precisam estar de acordo com o contrato. Essas negociações entre as partes podem acontecer tanto em bolsas, em um balcão, quanto dentro de uma corretora, no caso de criptomoedas.

Principais objetivos dos derivativos

Os derivativos possuem dois objetivos principais para traders: hedge e especulação. O hedge tem o objetivo de reduzir riscos e proteger da volatilidade. Já a especulação é para quem quer lucrar com os derivativos. Logo, uma parte busca vender o risco que está enxergando no negócio e a outra quer lucrar em cima do risco da parte que quer se livrar dele. 

O objetivo do investidor no hedge é fazer uma operação com derivativos, mas, ao mesmo tempo, se proteger da volatilidade futuramente. No caso do dólar, quem negocia um contrato futuro não opera o dólar em si, mas um contrato baseado no seu valor no mercado à vista.

Por exemplo, imagine que uma empresa brasileira tem dívidas que precisam ser quitadas com uma empresa norte-americana. Se o valor do dólar sobe, a dívida da empresa brasileira também aumenta. Agora, se as duas empresas, devedora e credora, negociarem um contrato futuro de dólar, o preço do dólar fica definido para uma data futura. Sendo assim, mesmo que a cotação do dólar suba, a empresa brasileira só pagará o que foi predeterminado no contrato. O objetivo é se proteger de uma possível alta do dólar.

Esse tipo de contrato não vale somente para dólar, mas, como já foi visto, você pode usar derivativos para soja, café, ações, entre outros. 

Contratos mais comuns de derivativos

Veja a seguir os 4 exemplos de contratos de derivativos mais comuns do mercado.

  • Contrato a termo: também conhecido como Mercado a Termo, é o compromisso de compra e venda de um ativo, no qual o valor é preestabelecido entre as duas partes e elas ficam com vínculo até a efetivação do contrato. No contrato, é determinado o valor unitário, bem como o prazo de vencimento.
  • Contratos futuros: nesse tipo de contrato, também existe o compromisso de cumprir o que foi pré-definido, porém a diferença do contrato a termo é que os contratos futuros podem ser transferidos do compromisso a terceiros. Uma das características dessa negociação é que o ativo sofre ajustes diários nos preços que estão nos contratos. Os contratos têm um preço de referência no qual são avaliados diariamente. Logo, o preço do ativo varia com a movimentação do mercado. Se o valor do ativo se valorizar, você recebe o valor de valorização; caso se desvalorize, você paga a desvalorização.
  • Opções: são contratos padronizados. Neles não são negociados o compromisso de compra e venda de um ativo, mas sim, o direito de compra e venda em uma data futura. Isto é, nesse tipo de contrato você compra o direito de participação e não de compromisso. Assim, quem adquiriu o direito de compra e venda pode ou não finalizar a transação. Se optar por comprar, terá que desembolsar um valor, conhecido como prêmio, que é a taxa proporcional ao que é negociado. 
  • Swap: é a negociação na qual os investidores trocam a rentabilidade dos ativos com definição de um valor e de uma data para vencimento. Tem prazo para finalizar e as partes ficam vinculadas entre si. 

Como utilizar os derivativos nas criptomoedas? 

No Brasil, já existem contratos de derivativos com criptomoedas. O contrato funciona da mesma maneira: o investidor faz um contrato de compra e venda de criptomoedas com um valor predeterminado para uma data futura. De um lado, fica a parte interessada em assumir o risco e, do outro, a parte que quer lucrar com a volatilidade. 

Se você quiser entrar nesse mercado e precisa de uma corretora para comprar criptomoedas, na NovaDAX é possível comprar Bitcoin e Ethereum, dentre outras. É possível, inclusive, negociar Bitcoin com taxa zero. Aproveite!

Compartilhe