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Quais são os principais tipos de hash?

No mundo das blockchains, o hash é uma função que transforma dados de qualquer tamanho em uma sequência fixa de caracteres, como se fossem palavras. Isso garante a segurança das transações e sempre será um valor único, ou seja, que não pode ser repetido. Há vários tipos de hash que funcionam nesse ambiente.

A função hash criptográfica utiliza números de 0 a 9 e as letras de A a F. A quantidade de caracteres do hash depende do tipo da função e pode ter até 60 dígitos. Além disso, ela é considerada irreversível: qualquer mudança no código afeta os dados informados.

Como o hash funciona?

Como vimos, os diferentes tipos de hash transformam dados de qualquer tamanho em uma sequência fixa de caracteres. Mal comparando, o hash funciona da mesma forma que os encurtadores de URL. Não importa o tamanho do endereço da internet, ele será reduzido para um tamanho padronizado.

Mas o hash não é usado apenas na criptografia. Por sua versatilidade e segurança, ele é bastante utilizado em assinaturas digitais, substituindo as impressões digitais físicas em muitos casos. O código gerado pelo sistema é único e não pode ser mudado.

No caso da blockchain, o código hash das transações é registrado nos blocos de forma definitiva e pode ser visualizado a qualquer momento. Além disso, o registro é permanente e não é possível fazer alterações — caso isso aconteça, os dados podem ser até inutilizados.

Tipos de hash

Os tipos de hash foram evoluindo ao longo do tempo e também se adaptam melhor a diferentes tipos de blockchains. Além disso, eles têm funcionalidades e características distintas.

MD5

O MD5 é mais utilizado para autenticar arquivos, embora ainda seja usado para criação de hashes de criptomoedas. Com ele, é possível verificar se um arquivo é uma cópia do original.

Ele deixou de ser um dos tipos de algoritmos hash porque permite a criação de um mesmo arquivo hash a partir de outro arquivo diferente. Como os hashes não podem ser repetidos, o MD5 não traz segurança para o mundo cripto.

SHA

SHA significa Secure Hash Algorithm (ou Algoritmo de Hash Seguro, em tradução livre), e essa família de hash tem três subtipos. Há o SHA-1, SHA-2 e SHA-3, cada um com suas subdivisões internas. A SHA 1 tem 160 bits (20 bytes) e é semelhante ao MD5, que tem 128 bits, tão vulnerável quanto ele. Por isso, deixou de ser usado no mundo cripto.

O SHA-2 tem diversas variações, e as mais conhecidas são a SHA-256 e a SHA-512. Elas têm 256 e 512 bits, respectivamente, e são mais seguras que o SHA-1. Já o SHA-3, um dos tipos de hash, foi lançado em 2015 para substituir as versões anteriores.

Espiral de números.

SHA-2

Como vimos, o SHA-2 possui várias funções derivadas, com destaque para a SHA-256 e a SHA-512. Ambos geram uma palavra de 64 caracteres, mas o que muda é a quantidade de bits. A versão 256 gera palavras de 32 bits, e a 512, de 64 bits.

O SHA-256 é o hash usado pelo Bitcoin no mecanismo de consenso proof of work (PoW). O algoritmo é complexo e tem várias etapas de processamento. Como todo hash, ele é único e inalterável.

Já o SHA-512 é mais robusto e oferece mais segurança que outros tipos de hash, se compararmos com o SHA-256. Ele gera palavras mais complexas e, por conta disso, exige mais capacidade dos computadores para fazer seus cálculos.

Keccak

O Keccak faz parte da família SHA-3 e é considerado um dos hashes mais seguros. Ele usa uma tecnologia chamada “esponja”. O Keccak absorve os dados de entrada, que são combinados de forma iterativa (repetitiva), gerando o hash. Além disso, ele permite flexibilidade no tamanho da entrada e da saída dos dados.

O Ethereum usa uma das variações do Keccak, o Keccak-256, para derivar endereços de carteiras públicas. Isso é feito nas transações dentro da plataforma e no cálculo de endereços de smart contracts.

RIPEMD

O RIPEMD foi criado por um grupo europeu e tem como objetivo substituir o MD4 (anterior ao MD5). O nome vem de RACE Integrity Primitives Evaluation (sendo RACE a sigla de Research and Development in Advanced Communications Technologies in Europe).

Ele também é uma família de algoritmos: RIPEMD, RIPEMD 128, RIPEMD 160, RIPEMD 256 e RIPEMD 320. O RIPEMD-160 é o mais utilizado e gera uma chave hexadecimal de 40 dígitos, sendo considerado um hash seguro para transações com criptomoedas.

Whirlpool

O Whirlpool é um algoritmo de hash de 512 bits, criado pelos professores Vincent Rijmen, da Bélgica, e Paulo S. L. M. Barreto, do Brasil. Descrito pela primeira vez no ano 2000, é uma criptografia de código livre que foi adotada pela Organização Internacional para Padronização (ISO, da sigla em inglês).

Diferente dos demais, o Whirlpool usa cifras de blocos para transformar blocos fixos de dados em hashes. Seu desenho é considerado tão ou mais seguro que o SHA e pode ser usado para realizar assinaturas digitais, armazenar senhas e verificar a integridade de dados.

Saiba mais sobre criptomoedas

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