Assim como ativos de renda variável, as criptomoedas passam por altos e baixos nas suas cotações. Com o Bitcoin não é diferente, e investidores mais experientes sabem identificar as melhores oportunidades de comprar ou vender. Vamos ver neste post o que é ciclo Bitcoin e como identificá-lo.
No noticiário, é possível identificar esses ciclos do mercado quando se fala, por exemplo, que o setor de tecnologia está em um ritmo de valorização. Por conta disso, os criptoativos “pegam carona” e acabam se valorizando também, em um ciclo de alta.
Lei da oferta e da procura
Vale lembrar aqui uma das regras mais importantes da economia para entender como funciona o ciclo Bitcoin, bem como os ciclos de mercado: a lei da oferta e da procura (ou demanda). Quanto maior é a oferta de alguma coisa, menor é o preço. O contrário é verdadeiro: se a oferta diminui, o preço sobe.
Assim, quando há boas notícias sobre algum setor da economia ou no mundo cripto, cresce o interesse por esses ativos. Nas bolsas de valores (e nas DEXs), aumenta a procura por ações das empresas “na crista da onda” e pelas coins, e seu valor sobe; é quando há alta no mercado de cripto.
Por outro lado, na renda variável, se acontece algo que vai prejudicar ramos econômicos, ou surgem informações negativas sobre criptos, ocorre o oposto. Investidores “fogem” destes ativos e passam a vendê-los, porque eles deixam de ser interessantes.
Entendendo os ciclos de mercado das criptomoedas
A lei da oferta e procura ajuda bastante a entender porque há ciclos do mercado Bitcoin de alta e baixa. É possível dividi-los em 4 fases: acumulação, bull market, distribuição e bear market. Eles acontecem nessa ordem, mas a sua duração varia bastante, a depender das circunstâncias.
Acumulação
Este ciclo Bitcoin acontece depois de um período de queda. Como o preço do ativo está baixo, os investidores aproveitam para comprá-lo e acumulá-lo. A expressão “comprar na baixa e vender na alta” começa nessa etapa, que costuma ser longa, e, aos poucos, o preço do ativo vai subindo.
Bull market
Quando está todo mundo otimista e eufórico para comprar ações ou criptomoedas, dizemos que estamos no bull market. É o que se chama de período de alta, e quanto mais pessoas passam a comprar o ativo, mais ele se valoriza. Mas essa fase não acontece para sempre, e é bom ficar de olho.
Distribuição
É a parte de vender na alta da frase que dissemos há pouco. No mercado do Bitcoin, o preço do ativo está bastante atraente, e o investidor decide vendê-lo para aproveitar os lucros. Mas, se muitos deles decidem fazer o mesmo, ou se há notícias negativas no mundo cripto, as vendas aumentam e o preço cai.
Bear market
O bear market é quando há um “cansaço” de um ativo ou setor, deixando de ser interessante, ou se há notícias negativas sobre esse ramo da economia. Os investidores passam a vendê-lo, e a cotação passa a cair. É nessa parte que eles veem oportunidade de lucros, compram, o preço sobe e começa tudo de novo.
Halving de Bitcoin e aumento do interesse por criptos
Para começar a dominar o ciclo do mercado Bitcoin, há um detalhe adicional que muda com a dinâmica das altas e baixas desse ativo digital: o halving. É quando há uma queda na produção dessa criptomoeda, o que a faz ficar mais escassa. Assim, com menos coins disponíveis, seu preço sobe.
O halving do Bitcoin acontece a cada 210 mil blocos minerados, o que dá uma média de 4 anos de intervalo. O último aconteceu em abril de 2024 e, na ocasião, houve um grande interesse pela criptomoeda, o que fez seu valor subir por um determinado período.
Recentemente, anúncios feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que ele dará mais incentivos ao mercado cripto e que deve criar um fundo de Bitcoin tem feito o valor da moeda disparar. O aumento na sua cotação tem se sustentado por semanas, o que indica uma alta no ciclo Bitcoin.
Linhas de suporte e resistência
Na renda variável, conhecer os conceitos de linhas de suporte e resistência também ajudam a entender os movimentos do Bitcoin e a ver as tendências de valorização. A linha de suporte é o “chão”, ou seja, representa o valor mínimo que os ativos atingem em um determinado período.
Já a linha de resistência é o “teto”, ou a cotação máxima que ela alcança. Embora sejam limites difíceis de quebrar, não é impossível que isso aconteça. No ciclo Bitcoin, o halving é um desses eventos que costumam romper com o teto, fazendo o preço chegar a valores maiores.
Por outro lado, se há uma informação de que houve alguma quebra na segurança do blockchain do Bitcoin, ou vazamento de dados, pode acontecer uma “debandada” e os investidores decidirem vender o ativo, fazendo o preço cair para valores bem abaixo da média.
Saiba mais sobre criptomoedas
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