No mundo da renda variável, há alguns termos que o investidor precisa conhecer para entender o que está acontecendo. Um deles é o bear market, que é um período de queda no valor de ativos financeiros, refletindo pessimismo generalizado e menor atividade no mercado de capitais.
Esse movimento também ocorre com as criptomoedas, já que elas são consideradas renda variável. Nessa ocasião, os investidores têm um apetite menor pelo risco e passam a vender mais ativos digitais. Vamos entender como esse mercado funciona.
Como o bear market funciona?
Para falar sobre o que é bear market, é importante saber por que ele tem esse nome. “Bear” significa “urso” em inglês, e é seu movimento de caça que dá nome a essa dinâmica: a patada dá para baixo é associada a um mercado em queda.
O ambiente de bear market é de pessimismo. Um dos primeiros sinais é a queda prolongada da bolsa de valores, um termômetro do humor do mercado financeiro. No mundo cripto não é diferente: exchanges e blockchains ocorre um movimento de venda maciça de moedas, o que faz o preço despencar.
Essa tendência de queda é conhecida como bearish. Isso significa que os investidores preferem vender suas ações por entender que o mercado ou um setor específico não são mais atraentes. Nas criptomoedas, pode acontecer o efeito dump, que significa queda súbita — e muitas vezes prolongada.
Bull market
O movimento contrário ao dessa tendência de baixa é o bull market. “Bull” significa “touro”: quando ataca, esse animal empurra as presas para cima. Nesse caso, o mercado está otimista, com investidores comprando ações de forma mais intensa, o que faz os preços dos ativos financeiros subirem.
Nessa ocasião, os investidores deixam o que se chama de posição de venda e passam a comprar. Aqui, o otimismo com renda variável contamina até pessoas que normalmente não compram esses tipos de ativo. Dessa forma, elas passam a se interessar e comprar ações, derivativos e até criptomoedas.
Como é o ambiente de bear market?
Em um ambiente bearish, as notícias econômicas não são positivas. O PIB, a soma do que é produzido por um país em um determinado período, está em queda. Assim, o setor industrial e de serviços está produzindo abaixo de sua capacidade, e o consumo da população também apresenta números menores.
Uma consequência desse sentimento de bear market é a inflação bem baixa, mas isso não é boa notícia. A combinação entre produção estável e pouca procura por parte dos consumidores causa queda nos preços. Assim, investir nesse país ou em um setor específico deixa de ser atraente.
Em momentos assim, as pessoas preferem investimentos em renda fixa, no qual dá para saber quanto o dinheiro vai render no final do período. Como as criptomoedas se encaixam na categoria de renda variável, também deixam de ser interessantes — e sua cotação cai.
Quanto tempo dura um bear market?
O “mercado do urso” não tem um tempo definido e pode se prolongar por meses ou até anos. A economia é algo interligado, que depende do desempenho das finanças empresariais e governamentais. Por isso, se houver um pessimismo generalizado, ele pode perdurar por bastante tempo.
Às vezes há períodos de alta em alguns ativos digitais. Investidores podem aproveitar para comprar papéis de determinados setores, com esperança de que se valorizem no futuro. Mas se o desempenho econômico não apresentar sinais de melhora, o bear market deve continuar.
Só que ele não dura para sempre. Os ânimos podem melhorar se um governo decide reduzir juros ou ampliar o acesso ao crédito, ou se um setor apresentar algum avanço. Com isso, há a inversão de tendência e o otimismo volta aos mercados, com mais investidores comprando ações.
Bear market no mundo cripto
O bear market cripto também acontece, e ele costuma seguir a tendência de queda no mercado financeiro. Mas há uma diferença: essas caídas nas cotações costumam ser mais intensas. Isso acontece porque o valor de mercado das criptos ainda é menor que o de ativos tradicionais.
Dessa forma, qualquer movimentação mais agressiva tem uma resposta maior. Há também casos nos quais grandes investidores, chamados de “baleias”, decidem despejar uma quantidade excessiva de tokens no mercado. Isso faz o valor das criptos despencarem e arrasta outras que possuem projetos semelhantes.
Mas é possível aproveitar a fase de bear market para adquirir tokens. Vale estudar as propostas e soluções das criptomoedas para adquirir as que têm potencial de valorização no futuro. Quando essa fase de baixa passar e as criptos voltarem a se valorizar, é hora de realizar lucros.
Cuidado com o “efeito manada”!
Quando há uma queda generalizada nas ações ou criptos, há quem se assuste e decida vender seus ativos para reduzir o prejuízo. Mas esse movimento contribui para uma derrubada ainda maior no valor desses títulos.
Dessa forma, investidores mais experientes recomendam que vale ter “sangue-frio” e esperar a maré baixa passar. Para ter bons resultados em renda variável, é importante pensar no longo prazo e aguardar o movimento de alta.
Saiba mais sobre criptomoedas
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