Investir em renda variável pode ser bastante rentável, mas também envolve alguns riscos. Afinal, não há previsibilidade, pois o retorno está sujeito à volatilidade do mercado financeiro. Para reduzir esses riscos, os investidores podem lançar mão de alguns instrumentos, como o stop-loss e o stop-limit.
Você sabe o que é stop-loss, para que serve e de que forma ele ajuda a minimizar os riscos dos investimentos em ações? Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Acompanhe!
O que é stop-loss e como funciona?
Stop-loss no mercado financeiro é uma ferramenta utilizada para limitar perdas automaticamente em uma operação de compra ou venda de ações. Trata-se de uma ordem programada que é executada quando o preço do ativo atinge um valor previamente determinado pelo investidor.
Uma ordem stop-loss tem como objetivo proteger o capital do investidor, encerrando a posição antes que o prejuízo se torne ainda maior. É um instrumento muito usado por traders que desejam controlar o risco de suas operações sem precisar ficar acompanhando o mercado o tempo todo.
E como funciona a stop loss? Essa ferramenta funciona da seguinte forma: o investidor define um preço máximo de perda para sua posição (compra ou venda). Se o ativo-alvo atingir aquele preço, a ordem de stop-loss é acionada automaticamente, e a posição é encerrada para evitar perdas mais significativas.
Para facilitar, vamos dar um exemplo. Suponha que um investidor comprou uma ação por 50 reais. Para se proteger de uma queda acentuada, ele define um stop-loss em 45. Se o preço da ação cair até esse nível, ela será automaticamente vendida, limitando a perda a 5 reais por ação.
Por que usar stop-loss?
O principal motivo para usar stop-loss é a gestão de risco. Esse instrumento ajuda o investidor a manter a disciplina, evitando decisões emocionais em momentos de estresse do mercado.
Além disso, usar stop-loss é uma forma de proteger o patrimônio em situações de forte volatilidade ou quando o investidor não pode acompanhar o mercado em tempo real.
Entre os benefícios, estão a redução do impacto de grandes perdas financeiras, a possibilidade de automatizar a saída da operação, a preservação dos lucros já conquistados e, consequentemente, a tranquilidade para o investidor.
Os diferentes tipos de stop-loss
Existem vários tipos de stop-loss, cada um atendendo a determinados perfis, objetivos e estratégias de investimento. Confira os principais:
- stop-loss fixo: define um valor exato em reais ou um percentual de perda. Exemplo: vender se o ativo cair 5%;
- stop móvel (trailing stop): o valor do stop acompanha o movimento favorável do preço. Se o ativo sobe, o stop sobe junto, protegendo parte dos ganhos;
- stop técnico: é baseado na análise técnica, ou seja, dos gráficos. O investidor posiciona o stop abaixo de um padrão técnico relevante.
Como definir o valor ideal do stop-loss?
Para definir um bom ponto de stop, o investidor precisa alcançar um equilíbrio entre proteger o capital e dar espaço para a oscilação natural do ativo — e, é claro, ter serenidade para fazer a melhor escolha. Nunca se deve “chutar” um valor; é preciso pesquisa e análises sérias para definir o valor ideal do stop-loss.
É possível levar em conta a porcentagem do capital investido — por exemplo, aceitar perder no máximo 2% do total investido. Outra possibilidade é usar como base a volatilidade do ativo, já que os mais voláteis exigem stops mais “folgados”.
Além disso, muitos investidores usam a análise técnica, posicionando o stop abaixo de suportes ou médias móveis. Essa é a maneira mais segura e controlada de usar a técnica baseando-se nos gráficos com o comportamento dos ativos.
Erros comuns ao usar stop-loss
Agora vamos tratar de um assunto polêmico: os erros mais comuns que os investidores cometem quando usam stop-loss. Um dos maiores equívocos é, sem dúvida, colocar o stop muito próximo do preço de entrada, já que assim ele pode ser acionado por uma oscilação normal do mercado.
O contrário também ocorre bastante: ao deixar o stop-loss muito longe do preço de entrada, a perda pode ser mais expressiva do que o planejado, levando a um prejuízo financeiro considerável.
Outras práticas que devem ser evitadas são deixar de respeitar o stop, cancelando-o após a abertura da operação, e usar o mesmo valor de stop para todos os ativos, já que cada um tem dinâmicas e volatilidade próprias. São erros que, quando evitados, fazem com que a eficiência do stop-loss melhore muito.
Como configurar o stop-loss nas plataformas de investimento
Cada plataforma de home broker das corretoras de valores tem sua interface própria, mas, em geral, o processo para configurar o stop-loss é bastante semelhante. Confira como funciona:
- escolha do ativo e da quantidade desejada;
- seleção da ordem stop ou stop-loss;
- inserção do preço de disparo (preço que aciona a ordem);
- inserção do preço-limite (preço mínimo aceito para a venda);
- confirmação da ordem.
Stop-loss em diferentes estratégias de investimento
O stop-loss pode ser utilizado em diferentes estratégias de investimento, não só as de curto ou curtíssimo prazo, mas até para os investimentos de longo prazo. Lembre-se de que cada perfil deve adaptar o uso do stop conforme seus objetivos:
- day trade: o stop-loss é essencial, já que as operações são curtas e a volatilidade é alta;
- swing trade: o stop-loss ajuda a controlar o risco ao longo de alguns dias ou semanas;
- investimentos de longo prazo: o stop-loss pode ser usado, mas alguns investidores preferem adotar a análise fundamentalista.
Vale a pena usar stop-loss sempre?
Na maioria das estratégias, pode valer a pena usar stop-loss, já que é uma ferramenta fundamental para a gestão de risco, especialmente para operações de curto prazo.
No entanto, investidores de longo prazo podem preferir outros métodos de acompanhamento, como o rebalanceamento de carteira regularmente e a análise fundamentalista. O importante é ter uma estratégia de saída bem-definida, com ou sem o uso de stop-loss.
Gostou deste conteúdo e gostaria de saber mais sobre o universo dos investimentos? Então, acompanhe as novidades e dicas do mercado financeiro no blog da NovaDAX!