Quem já investiu com certeza deve ter passado por ocasiões nas quais surgem dúvidas a respeito de escolher ou não escolher algum ativo específico. Porém, existem momentos que podem causar medo e esses medos podem interferir em uma decisão assertiva para investir.
Conhecer esse viés pode ajudá-lo a fazer com que ele não interfira nas suas decisões. Entender como funciona a aversão ao risco no mercado financeiro pode ser o caminho para que ele não interfira na sua avaliação sobre as informações dos investimentos.
O que é Aversão ao Risco?
A aversão ao risco é o temor das pessoas frente à possibilidade de perda, é o sentimento individual de um investidor em relação ao risco de um investimento. Esse medo é capaz de bloquear atitudes que trariam boas oportunidades de rentabilidade por receio de perder parte das finanças e, consequentemente, sofrer um prejuízo.
Ninguém gosta de perder dinheiro e, de modo geral, os investidores são avessos ao risco. O problema é quando isso faz o investidor perder boas oportunidades, pois quem é investidor sabe que qualquer investimento tem riscos.
As pessoas que têm aversão ao risco preferem se manter na zona de conforto com os seus investimentos restritos e com baixa rentabilidade a se aventurar em investimentos com mais rentabilidade e mais riscos.
Algumas pessoas são mais tolerantes aos riscos, outras nem tanto. Umas entendem que, quanto maior o risco, melhores serão os retornos. Porém, existem pessoas que possuem aversão total ao risco, isto é, não toleram perder nem que seja o mínimo nos seus investimentos, por isso existem graus de aversão ao risco.
Para cada grau de aversão ao risco, teremos investidores com disposição diferente para investir conforme as classes de ativo com mais ou menos riscos.
O perfil de investidores e a aversão ao risco
Como já foi dito, existem graus de aversão ao risco, mas, para entender o grau de aversão, você precisa conhecer o perfil do investidor. Vejamos o perfil e o grau de aversão ao risco:
- Conservador: esse é o tipo de investidor que possui a maior aversão ao risco, logo ele prioriza a segurança e a liquidez no momento de investir.
- Moderado: esse investidor é aquela pessoa que aceita arriscar somente uma parcela do seu capital para melhorar as oportunidades de rentabilidade.
- Arrojado: esse é o tipo de investidor que tem mais tolerância ao risco e que almeja ter melhores rentabilidades, principalmente no longo prazo.
Como a aversão ao risco pode impactar os investidores?
Se você já lê há algum tempo sobre investimentos, deve saber o quanto é importante ter uma reserva de emergência. Para quem não sabe o que é reserva de emergência, nós explicamos. A reserva de emergência é um valor calculado e investido para suprir as necessidades e imprevistos que podem ocorrer no futuro e, como o próprio nome diz, ela existe para ser usada em casos de emergência.
Agora, para você entender como a aversão ao risco funciona, suponhamos que uma pessoa já tenha montado sua reserva de emergência e esteja pronto para investir para construir um patrimônio para a aposentadoria. Quem pensa em construir patrimônio para aposentadoria pensa no longo prazo, assim o longo prazo é ideal para investir na bolsa de valores.
Investimentos no longo prazo na renda variável são muito benéficos, já que, mesmo oferecendo maiores riscos, eles têm a possibilidade de retornos elevados. Se o investidor pensa no longo prazo, é possível manejar melhor os riscos e aproveitar as oportunidades se beneficiando dos juros compostos para impulsionar o seu patrimônio.
Porém, mesmo diante desse cenário, com possibilidades de ganhos mais altos no longo prazo, um investidor com aversão ao risco dificilmente optaria em investir em ativos mais arriscados. Ao invés disso, ele optaria por manter aportes em investimentos mais seguros, com alta liquidez e rendimentos mais baixos, como a renda fixa.
Isso quer dizer que o investidor perderia uma ótima oportunidade de aumentar os seus rendimentos e o patrimônio, pois tem medo de perder algum dinheiro. Dessa forma, ele se submete a ativos com pouca rentabilidade, simplesmente porque tem medo de correr riscos.
A aversão ao risco é ruim?
Nem ruim nem boa. Como vimos, existem alguns tipos de perfil de investidor e cada um tem suas características e suas preferências. Imagine se no mercado financeiro só existissem pessoas que tivessem aversão ao risco e só fizessem aplicações sem risco? Ou imagine, no mercado financeiro, só ter pessoas propensas a perder dinheiro?
O ideal é ter equilíbrio entre os três tipos de perfil. É por isso que estudiosos orientam ter uma carteira diversificada, tanto com renda fixa quanto com renda variável. E, como já foi visto, nos investimentos com renda variável estão as melhores oportunidades.
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